A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) fez questão de destacar nesta terça-feira (4), em Plenário, o depoimento dado pela estudante de Medicina Ana Luiza Silva de Lima, durante a solenidade de comemoração de dois anos do Programa Mais Médicos. Ana Luiza foi uma das beneficiadas do programa do governo federal de expansão dos cursos de Medicina pelo interior do país.
Bastante emocionada, Fátima lembrou que as palavras de Ana Luiza sintetizam a gratidão de milhares de jovens do interior do país que, como ela, estão tendo a oportunidade de realizar seu sonho de se tornar doutores e ajudar a dar mais esperança à vida de brasileiros e brasileiras que até há algum tempo não viam outro futuro a sua frente, que não o de repetir a dura vida de seus pais, de trabalhar de sol a sol, para tirar seu sustento da terra, em condições muitas vezes degradantes e sem nenhum tipo de assistência.
Em seu discurso, Ana Luiza agradeceu a presidente Dilma pela oportunidade de realizar seu grande sonho: “Cara Presidenta Dilma, neste momento me vem à memória seu primeiro discurso quando foi eleita como a primeira mulher na Presidência da República do Brasil. Naquela ocasião, a senhora falou aos pais e mães de todo o Brasil para que olhassem nos olhos de suas filhas e lhes dissessem que elas também podiam ocupar o cargo mais importante do Brasil. Pois, agora, eu lhe peço permissão para reconstruir sua afirmação, dizendo que, no Brasil de hoje, a neta de um agricultor do sertão do Nordeste ou de qualquer região do interior do Brasil já pode também sonhar em ser doutora. Em meu nome, de meus colegas e de tantos que estão tendo acesso à Universidade eu lhe agradeço por contribuir para transformar as nossas realidades de vida”.
A estudante, que cursa o segundo ano de Medicina na Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tirou lágrimas dos olhos da presidente Dilma, da senadora Fátima Bezerra e dos demais convidados ao relembrar as palavras de um ex-professor: “Como disse um querido professor, coragem é o que menos falta a uma nordestina, a um seridoense. Quem conhece de onde venho, sabe que somos de uma região onde o queijo é marcado à ferro e fogo, a carne é de sol, e as cercas são de pedra. É certo que os desafios não cessarão, e que temos muito pela frente. O movimento estudantil está atento e comprometido com a formação médica e com o desenvolvimento da saúde no país”.
Fátima, que também vem de uma família de origem humilde, lembrou que exemplos como o de Ana Luiza deixam-na gratificada por saber que seu trabalho como política está contribuindo para mudar a vida das pessoas.
A senadora se empenhou pessoalmente, juntamente com os reitores das Universidades Federal do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal Rural do Semiárido, para garantir que o Rio Grande do Norte fosse beneficiado na primeira etapa de expansão dos cursos de Medicina pelo interior do país. Hoje, a Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte, da UFRN, já possui cursos em Caicó, Currais Novos e Santa Cruz, e a Ufersa já implantou cursos em Mossoró e Assu.