Os três dias do XXV Encontro de universidades de países lusófanos, encerrado no início da noite dessa sexta-feira, 17, em Cabo Verde, são de de muitas descobertas do potencial das universidades dessa língua, com perspectivas de muitas parcerias e trocas de conhecimento e inovação., disse-nos a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva Cruz, de Cabo Verde, país africano, onde participa desde a última quarta, 15, junto com o secretário das Relações Internacionais e Institucionais (SRII), Professor Márcio Venício, do evento promovido pela Encontro da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, território caboverdeano.
Presença da UFRN
Cerca de 270 representantes de universidades de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor e Macau participaram nesses dias de apresentações, mesas redondas e outras discussões sobre os novos desafios para o Ensino Superior após os objetivos de desenvolvimento do milênio. Um pensamento permeou o clima do encontro: o legado do líder in memorian, Nelson Mandela, sobre a educação como o caminho mais seguro para a cidadania das pessoas.
Ao falar sobre “As universidades de língua portuguesa no cenário mundial da educação superior: inclusão, interiorização e internacionalização”, a reitora Ângela Paiva focou as ações de educação superior da UFRN no cenário das universidades de língua portuguesa, destacando as características principais dos cursos de graduação e de pós-graduação.
A reitora explanou sobre as prioridades estabelecidas para os últimos anos, como interiorização, internacionalização e inclusão e no decorrer da apresentação lembrou que alguns alunos de convênios com países africanos já haviam lhe dito, pessoalmente, “que conhecer os países de origem ajudaria a conceber e a executar políticas de formação mais relevantes e produtivas e que estavam na UFRN para prospectar mais cooperações internacionais no eixo sul-sul, sem desconsiderar a relevância das cooperações com os países do norte”.
“Os alunos de convênios com o Cabo Verde estavam certos”, afirmou Ângela Paiva aos participantes do Encontro. “Conforme pudemos sentir mais de perto, a afirmação do primeiro ministro do país, na abertura do XXV Encontro da AULP, Cabo Verde só tem espaço para a CRIACAO”, declarou a reitora ao Boletim da UFRN.
As três diretrizes asssumidas pela UFRN, continuou a reitora, “são corolários da concepção da educação como o caminho, a fonte mais segura, para a conquista da cidadania plena pelos jovens brasileiros. No contexto da AULP, essa concepção é uníssona, consensual, e o Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, foi citado por diversas vezes, como um dos defensores dessa concepção”.
Para o Secretário de Relações Internacionais da UFRN, “participar de uma rede de cooperação entre instituições de ensino superior amplia as concepções das universidades na contemporaneidade e auxilia à avaliação do papel das instituições no contexto nacional e no contexto internacional”.
Novas parcerias
Nesse período, os representantes da UFRN presenciaram também uma solenidade de diplomação de cientistas formados por meio de um programa de cooperação da Capes com instituições de Portugal, Cabo Verde e outros países. Nesse sábado, 18, ambos fazem visita à Universidade de Cabo Verde (UNICV), a segunda instituição de ensino superior do país africano, onde vão tratar de acordos de cooperação técnico-científica.