A história de Caicó é cercada por muitas lendas e tradições culturais, uma delas está centrada ao Poço de Santana que nunca secou e traz viva no decorrer de seu anos lendas de sereia, vaqueiro, serpente e touro, onde poesias e cânticos já foram criados. A origem do nome do poço deu-se da estória que, existia uma tribo chamada Caiacós, que mesmo derrotada na Guerra dos Bárbaros se diziam invencível pelo amparo de Tupã, cujo espírito encarnou-se em um touro bravo, que habitava nas terras do Seridó.
Certa vez, um vaqueiro perdeu-se nestas terras e se deparou com o bravo touro, este em perigo fez uma prece a Sant’Ana, prometendo construir uma capela caso ela o salvasse do animal. Atendida a prece, o vaqueiro iniciou a construção da capela, mas o ano era de seca e o vaqueiro mais uma vez pediu a Sant’Ana que o Poço de Sant’Ana não secasse, pois o poço era a única forma de abastecimento de água do mofumbal. Assim, o local passou a ser conhecido como Poço de Sant’Ana.
Reza a lenda que há, no Poço, um espírito encarnando em uma serpente e que se o posso secar a serpente irá destruir a cidade, ou se ocorrer uma cheia pavorosa, que alcançasse o altar-mor da Igreja de Santana. Cheio de mitos há mais uma que narra a existência de uma sereia, que vivia no fundo do poço, e que ao pôr do sol, a mesma saia para pentear seus cabelos longos em lajeiro, rocha do entorno do poço
O poço já foi local de recreação dos “filhos” de Caicó, de abastecimento, de muita diversão, paqueras e pescas. Segundo aqueles que já tiveram o prazer de mergulhar em suas águas, relatam que não conseguem visualizar a profundidade do poço. É praticamente impossível não se apaixonar por essas estórias quando contada por nossos avós, com tanta convicção e mistérios.
Por Wllana Dantas